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sábado, 23 de agosto de 2014

Adoração e Discipulado

À amada igreja em Águas Claras-DF e aos irmãos que o Senhor nos tem estreitado comunhão. Saúdo Nathália e Ronaldo Bezerra, e Juliana e Leiva Martins. Graça e paz.
O propósito eterno de Deus é uma família, de muitos filhos, semelhantes a Jesus e para a glória de Deus Pai. Conforme está escrito: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.29). Durante Seu ministério, Jesus trabalhou intensivamente com doze discípulos, ou seja, um relacionamento de muita comunhão, ensino e partir do pão. No Novo Testamento não houve construção de templos. Os discípulos de Jesus se reuniam no alpendre de Salomão, no pátio anexo ao templo, e de casa em casa. “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no Alpendre de Salomão” (Atos 5.12). “Saudai também a igreja que está em sua casa” (Romanos 16.5). O encontro da grande congregação em lugares amplos, confortáveis e climatizados é bênção, mas não substitui o vínculo estreito que deve haver entre os discípulos. Significa que, visitar uma igreja, semanalmente, louvar, ouvir uma palavra, observar a nuca dos irmãos e não desenvolver um vínculo estreito é muito raso. Deus nos chamou para termos comunhão com Ele e uns com os outros. Quem busca, diariamente, a presença de Deus e investe tempo na leitura de Sua palavra e na oração, será sempre um vaso cheio, pronto a orar por alguém, a liberar uma palavra etc. Vaso cheio transborda, adora, edifica, consola, perdoa e exorta, ou seja, participa e não apenas assiste o culto. “E não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus” (Colossenses 2.19). A igreja é o corpo de Cristo; assim como o corpo humano possui conexões entre os ossos, a igreja precisa de conexões – juntas e ligamentos. Ou seja, relações fortes e duradouras no corpo de Cristo. Em Cristo, cada discípulo está ligado um ao outro, através de uma aliança de amor, perdão, respeito e companheirismo. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3.16). A primeira expressão de juntas e ligamentos são as juntas familiares. A família veio antes da igreja. A reunião familiar de oração e de profetizar a palavra de Deus, sobre a esposa e os filhos, deve ser diária. O culto, na congregação, é na verdade a continuidade do que ocorre em casa. Não devemos colocar expectativas na instituição igreja, mas sim, nas famílias da igreja. Como estão as famílias da igreja? Há, ainda, pais que não acompanham o desenvolvimento de seus filhos e transferem tudo para a escola ou o Estado, o que não deve ser assim. “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; intruí-vos e aconselhai-vos uns aos outros em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração” (Colossenses 3.16). “Eu e minha casa serviremos a Deus” (Josué 24.15). “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5.25). A esposa precisa de elogio, de carinho e de atenção; ela precisa ser cativada. Deus mandou amá-las e não entendê-las... Juntas de discipulado ocorrem em grupo, por níveis ou individualmente. Jesus, O mestre, supervisionava, fortalecia, mas acima de tudo ensinava os discípulos. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mateus 28.18-20). Jesus investiu no discipulado em grupo. “Então, designou doze para estarem com Ele e para enviá-los a pregar” (Marcos 3.14). “Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos” (Mateus 26.20). “Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele” (Lucas 8.1). “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e levou-os sós, à parte, a um alto monte. Foi transfigurado diante deles” (Marcos 9.2). “E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros” (João 21.15). Jesus trabalhou com níveis de discipulado ou mini grupos e também tratou individualmente com os discípulos. É importante discernir que há níveis na igreja. Os pais, que já possuem maturidade para discipular; os jovens são aqueles que têm crescido na palavra de Deus; e, os filhinhos são aqueles que precisam de “leite” e de cuidados especiais. “Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o maligno” (1 João 2.14). O discipulado é uma via de mão dupla; é necessário iniciativa do discipulador e do discípulo. Em um corpo saudável todas as partes funcionam. O discipulador coopera na formação do caráter de Cristo nos discípulos, ou seja, semelhantes a Jesus – representa qualidade. Juntas de companheirismo consistem em apontar para dois ou três discípulos, ou seja, o fortalecimento em pequena expressão. A realidade de corpo de Cristo se vive na menor expressão, muito mais que nos grandes encontros. “Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos” (Marcos 6.7). “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Efésios 4.15-16). Podemos destacar alguns parâmetros de vida com Cristo: comunhão com a igreja, leitura diária da palavra e oração cultivada com perseverança. “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (Atos 2.44). “Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não” (Êxodo 16.4). A palavra de Deus é o nosso pão, e Ele já nos tem revelado a porção para cada dia. Deus é fiel. “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mateus 6.6). O que está oculto? Quem não se parece com Cristo, é porque não anda com Cristo. Então, seremos, apenas, os cristãos da estatística; cristãos carnais, vencidos pela nossa natureza. Certa vez me entristeci ao assistir um documentário sobre Elvis Presley, o grande músico norte-americano. Ele estava com sua equipe atrás do palco, fez uma breve oração, cantou uma música do Cantor Cristão, emocionado, e foi para o show. Após algumas canções o público começou a gritar: Elvis é o rei, Elvis é o rei! O que imediatamente ele corrigiu, dizendo: Jesus é o rei, Jesus é o rei! O mundialmente conhecido rei do rock conhecia a palavra, mas o seu legado se limitou á música. Sim, a marca Elvis é muito importante, e fez da música business. Hoje, os músicos são produtos com vestuário, vocabulário e comportamento induzidos; são produtos que multiplicam a rebeldia e a iniquidade, mesmo com alguns deles conhecendo a palavra. São servos do mundo. Mas, nós, somos pedras vivas, templos do Espírito Santo, semeando a palavra para colhermos frutos no Senhor. Servos do Senhor. Isso é legado. Tudo isso é o resultado das ministrações que tenho anotado e do que tenho recebido de Deus, em especial na oficina Juntas e Ligamentos, ocorrida durante o Congresso Adoração e Discipulado (agosto/2014) em São Vicente-SP, por Daniel Souza - discípulo fiel que tem abençoado as nações. Glória a Deus.