Uma cidade pode sofrer com
um grande temporal, especialmente se chover em 24 horas o que estava previsto
para o mês todo. Mas, uma cidade litorânea possui um duplo problema: tanto pode
ser atingida com grandes temporais, quanto com fortes ondas – em grandes
ressacas ou até tsunami. E justamente nesse domingo houve uma forte ressaca em
Santos. A elevação da maré chegou a 2,60 metros, causando enorme prejuízo a
centenas de pessoas, em especial na região a partir do canal 6 em direção ao
Ferry Boat. O pior é que as alterações climáticas globais tornam bastante
pessimistas as previsões até 2050. A tendência é que haja ressacas cada vez
mais fortes. Será que vamos esperar, passivamente, uma elevação de maré alcançar 3
metros e causar uma tragédia? Desta forma, penso que é dever do poder público priorizar
o investimento em defensas côncavas, como o modelo chileno acima.
“Existem diversos
grandes progressos. Um deles é a observação global, onde satélites medem em que
dimensões o gelo na Groelândia e na Antártida está derretendo. Esses dados não
estavam disponíveis sete anos atrás. Essas medições nos permitem agora ter uma
visão consistente da elevação atual do nível do mar. Nós sabemos que essa
elevação ocorre devido ao recuo global das geleiras, do aquecimento da água dos
oceanos e sua expansão, além do derretimento do gelo na Groelândia e na
Antártida. A adaptação à mudança climática deve ocorrer de todas as
formas, pois muitas pessoas já estão sendo atingidas pelas mudanças climáticas como
consequência do aquecimento. A luta ainda não está perdida, mas a cada ano que se passa em que nenhuma redução das emissões é alcançada, as metas do clima já aceitas se distanciam até que possam desaparecerer de forma definitiva. É necessário fazer adaptações, pois as mudanças climáticas estão ocorrendo neste exato momento. A questão é saber até que ponto somos capazes de nos adaptar. "(Thomas Stocker).
Nenhum comentário:
Postar um comentário